12.2.06

Samba poconé

Você vai ver
Que o tempo passa, amor
Entre soturnos derradeiros
É o nosso amor

Tem vento, brisa leve
Tem queda de neon
Vidinha, breve
Vem

11.2.06

Passeio

Agora é hora de dar alguns passos pela cidade.Não verei bandeiras da Dinamarca em chamas, tenho certeza.Quem sabe um tigre de listras brancas?Não creio.Verei o de sempre: mulheres jeitosas com seus olhos de menos, pessoas mal resolvidas ao extremo de uma esquina e a mão estendida é pra pedir, nunca dar, negros avessos descidos do morro a sustentar o medo em roupas estilosas e simpáticas, lojas pretensiosas e seus produtos melancólicos que atraem as mais inseguras donas daqueles olhos de menos.Outras coisas verei, é aquilo que se imagina ver, o não real: Edila sambando na esquina um enredo de dó ou o homem-chapéu da uff pregado na placa como um espantalho de bobagens.É uma mistura de realidade e imaginação que entremeia o passeio que só pretende me levar ao banco para sacar dez reais.Quanta alegria!Lá vou eu.

10.2.06

Ah,um gole a mais.

Eu não rasgo um "tico" de mim.
Deixo inteiro;
Pro nada vir e tomar.
Seu gole de ânsia...
Masturbar...
Sorria!
Sou eu...
É você em mim.
Não fosse seria o quê...
Seu amor falso...
Seu medo falso...
Seu seu.
Nada...
Meu!

Ela

Além disso..
A moça no banco...
Não estava lá.

Foi o tempo.
Meu tempo?
Passei..

Aleijada que era.
Só vivia de dia.
No bank.No banco.

Sentada.
Os olhos.
Pernas imóveis

Eu.
Na noite.

Fui.

E era de de se ver.
.

Não vi.

Mas imaginei

Um traço comum.
Um beijo comum.

Um eu.
E ela.

Livre.