5.9.06

Espelho

Não quero mais esse feitiço de vinho
Entalado no peito
Que merda!
Esse sexo em chupadas...

Quero o novo, o acesso mais simples...

E se as bocas não forem mais as mesmas, suporto!
Me viro de lado, me viro de mim mesmo
Mudo. À tapas, mas mudo.
Passo por cima
Atropelo com carinho
Pra quem sabe depois
Depois...
Morrer o amor, como num "seja como for" de Drummond.
Que é mais sabido do que eu.

4.9.06

Resultado de um mergulho um pouco mais profundo e ainda sem regresso.

Enquanto acendia na cara dos homens e mulheres as luzes
Zé Celso bebia seu vinho "comuna", pacífico e distante
Foi então que ela veio...
Fechou as cortinas.

Bem, fiquei sabendo que o tempo se esgotara.
Virei, saí distinto, num trabalho de roda sem igual!
Desci, virei ,andei reto...
Depois descobri:

Não passava de um tempo que foi
Daí então pensei...
E se ele não tocasse!
Não fosse tão besta!

Sabe, como um pedaço de mim que não sai, diabo!
Quem gostaria mais de mim?
Piu piu.