15.7.06

Color de tu

Ela veio num soturno tão discreto. Pelo muro avante ao parque o primeiro beijo em frente: uma estátua de ferro e muito sol. Dois mendigos testemunhas de um amor estranho e liso; um tempo que insiste toda hora em bater e respirar dentro fora do que sou e muito mais que isso o que não posso mais estar, ser exato e firme e reto um avante de certeza. Estou nu descontrolado sem um tico pra dizer. Amo-te flor do gasto pasto sobre um sonho de fluidos negros e lindas borboletas que deliram sobre teu cabelo cheio de um cheiro que conheço e me busca o teu suar piantao descontrolado e caudaloso. Color de tu. Gesto leve.

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