16.7.06

Escrever sobre coisas da vida, pessoas,cigarros e cervejas.

Luciano Pavarotti bebia seu wisky sem gelo antes do show, desenho do palco claro, as idéias mais furtivas daquela língua musical lhe prediziam toques de ar. A acessora direta de Pavarotti o berra, espaço diferente e muito mais barulhento: o lado de fora. Ele de dentro levanta a cabeça e respira seu último gole. Ergue-se meia altura, os joelhos ainda encurvados e o rabicho do traje roçava suas pernas. O olho fixo no espelho, o rosto e a gravata borboleta destoavam sua atenção. Um sorriso veio breve, as mãos apoiadas sobre a mesinha e o impulso que levantaria o corpo e espírito para o alto - Já vou, Maria. - E veio o show.

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